Quantidade
X Qualidade: Por uma educação de qualidade.
Quando
falamos em qualidade na educação devemos refleti-la de maneira que possa
efetivamente emancipar o cidadão.
Emancipação essa que possa transcender a
ignorância do indivíduo e que eficazmente possibilite posicionar-se perante a
sociedade de forma consciente no que diz respeito aos direitos e deveres.
Estaria os governantes na
contra mão desse processo? A indagação se torna pertinente, a partir do momento
em que o governo trata o educando como mera mercadoria, ou seja, onde o aluno
passa a ser disputado pelos sistemas, seja ele, estadual, municipal ou até por
outros municípios que se limitam geograficamente.
Essa mercadoria (aluno) que
é o produto principal capaz de transformar o espaço social fica relegada a um segundo
plano.
Tocamos nesse assunto de forma contundente, pois o FUNDEB (Fundo de
manutenção e desenvolvimento da educação básica e de valorização dos
profissionais da educação) distribui os recursos levando em consideração a quantidade
de aluno matriculado em cada rede. Desta maneira, os discentes se torna alvo da
disputa entre os sistemas.
Percebe-se dessa forma, que
a quantidade de alunos matriculados é o que vai interessar para os gestores.
Superlotar as salas de
aulas em detrimento de entrada de dinheiro irá dar resultados positivos para
uma educação de qualidade?
Acreditamos que não, pois
experiências nos mostram que salas de aulas com grande quantidade de alunos
repercutiram de forma negativa, no processo ensino-aprendizagem. Qual seria a
saída? Já que se não matricular, perde dinheiro.
A saída é exatamente construir grandes
unidades de ensino, nucleadas por setores e assim fortalecendo o processo
educacional, pois uma unidade setorizada e estruturada dará mais possibilidade
para que o aluno venha aprender, isso em oposição aos pequenos centros
educacionais onde não se tem o mínimo para o trabalho educacional, acarretando déficit
na educação dos educandos.
Diante do exposto,
acreditamos que o mais viável é priorizarmos a qualidade visando a aprendizagem do aluno, em detrimento a quantidade sem as mínimas condições
estruturais e pedagógicas.
Joaquim Tomé Ribeiro- Pedagogo, Especialista
em educação.
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