terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

ARTIGO POR JOAQUIM TOMÉ



Quantidade X Qualidade: Por uma educação de qualidade.

 

      Quando falamos em qualidade na educação devemos refleti-la de maneira que possa efetivamente emancipar o cidadão.

 

 Emancipação essa que possa transcender a ignorância do indivíduo e que eficazmente possibilite posicionar-se perante a sociedade de forma consciente no que diz respeito aos direitos e deveres.

 

Estaria os governantes na contra mão desse processo? A indagação se torna pertinente, a partir do momento em que o governo trata o educando como mera mercadoria, ou seja, onde o aluno passa a ser disputado pelos sistemas, seja ele, estadual, municipal ou até por outros municípios que se limitam geograficamente. 

 

Essa mercadoria (aluno) que é o produto principal capaz de transformar o espaço social fica relegada a um segundo plano.

 

       Tocamos nesse assunto de forma contundente, pois o FUNDEB (Fundo de manutenção e desenvolvimento da educação básica e de valorização dos profissionais da educação) distribui os recursos levando em consideração a quantidade de aluno matriculado em cada rede. Desta maneira, os discentes se torna alvo da disputa entre os sistemas.

       

Percebe-se dessa forma, que a quantidade de alunos matriculados é o que vai interessar para os gestores.

Superlotar as salas de aulas em detrimento de entrada de dinheiro irá dar resultados positivos para uma educação de qualidade?

 

Acreditamos que não, pois experiências nos mostram que salas de aulas com grande quantidade de alunos repercutiram de forma negativa, no processo ensino-aprendizagem. Qual seria a saída? Já que se não matricular, perde dinheiro.

 

         A saída é exatamente construir grandes unidades de ensino, nucleadas por setores e assim fortalecendo o processo educacional, pois uma unidade setorizada e estruturada dará mais possibilidade para que o aluno venha aprender, isso em oposição aos pequenos centros educacionais onde não se tem o mínimo para o trabalho educacional, acarretando déficit na educação dos educandos.

 

Diante do exposto, acreditamos que o mais viável é priorizarmos a qualidade visando a aprendizagem do aluno, em detrimento a quantidade sem as mínimas condições estruturais e pedagógicas.

 

 

 Joaquim Tomé Ribeiro- Pedagogo, Especialista em educação.

 

       

 

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