Sentindo o abalo provocado pela greve unificada e a fortaleza do movimento, a (des)gestão municipal começou a atuar através das perseguições. Pela primeira vez, desde 2008, a Secretaria de Municipal de Educação tenta impedir o direito legal à greve, cortando a suplementação de cargas-horárias daqueles trabalhadores que aderiram ao movimento e ameaças de corte das permutas dos trabalhadores que estão no movimento, fato ainda não configurado em realidade, mas que foram escutados pelos corredores da SME e negado pela Secretária Municipal de Educação.
Não conseguindo o êxito almejado, a estratégia foi ampliada e agora divulgam que vão cortar o ponto dos dias de paralisação das categorias, (atitude que já foi decidida como ato ilegal pelo STF, amplamente divulgado anteriormente aqui e que está sendo devidamente tratado pela assessoria jurídica do Sinte/RN Estadual).
Mas não faço aqui esse texto apenas para descrever as arbitrariedades e perseguições da (des)gestão Dantas. Faço para alertar que para implantar essas perseguições os "senhores de engenho" precisam de servidores "parceiros" que estão dispostos a perseguir seus próprios colegas de trabalho.
Quem são os servidores que nas ante salas da Secretaria de Educação estão anotando os dias paralisados de cada servidor, para depois encaminhar para o desconto ilegal?
Esses(as) servidores(as) foram atendidos ou não pelo atual plano de carreira, cargos e salários que a (des)gestão tenta destruir e enterrar?
Será que esses(as) servidores(as) (hoje do lado da (des)gestão) atendidos por esses PCCS esqueceram que todas as nossas conquistas foram fruto de movimentações e greves? E que, naqueles instantes, a categoria não encontrou adversários dentro da própria Secretaria Municipal de Educação, mas sim companheiros, que mesmo exercendo uma função pública gratificada, tinham a compreensão de qual categoria eles fazem parte.
A (des)gestão só está falando em corte de ponto dos trabalhadores, porque existem servidores(as) dentro da Secretaria Municipal de Educação capazes de dedurar seus colegas de trabalho, anotar as faltas por motivo da greve e encaminhar para os "senhores do baronato" perseguirem a classe trabalhadora que está em luta pela reconquista dos seus direitos.
Não adianta nos receber na SME com tapinha nas costa e sorriso nos lábios, para depois, em um momento como esse, ficar do lado de quem nos oprime e servir de canal para perseguir a classe trabalhadora.
Preferimos ter menos tapinhas nas costas e sorrisos nos lábios, mas termos a certeza dos trabalhadores da Secretaria Municipal de Educação não traírem seus companheiros de categoria e não facilitarem atos que venham provocar temor nos grevistas, pois esses estão lutando em defesa de todos, até dos que estão ajudando aos que querem usurpar parte dos salários da classe trabalhadora.
Marcelo Manduca
Diretor de Formação do Núcleo Sindical Sinte/RN
São José de Mipibu
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